Hoje apetece-me algo e sinceramente apetece-me falar de amor. Não amor em geral, não o amor que acho que deve ser dado, reforçado, distribuido e diponível. Não do amor que tenho à minha mãe, familia e amigos. Quero falar de outros tipos de amor, dos irracionais, dos contraditórios, dos injustificados, quero falar porque não falei, e às vezes é só preciso falar uma vez para deixar de remoer os pormenores que sempre soubemos que não importam. Valho-me da vida e de coisas maiores, mas estes pormenores ocasionalmente ocupam-me, distraem-me, mas aprendemos sempre, temos que aprender. E só isto tem sentido ser escrito, só isto é decifrável, sermos nós, reais e sinceros, resulta. Colocarmos cada coisa em seu lugar, resulta, amarmos sem odiarmos, resulta, e resulta respeitarmo-nos a nós e aos outros, resulta evitarmos o fogo se só desejamos o seu calor por um momento. Resulta nao esperarmos tanto, e resulta o toque e resulta o amor, sem jogos, sem manhas.
A minha amiga disse-me, alguns nasceram para amar, porque amam os outros apenas por eles serem como são, outros nasceram para serem amados, porque apenas amam quando têm retorno. Conheço muitas pessoas assim, e fico triste porque duvido da genuinidade dessa forma de amor, dessa forma de sobrevivência que se assenta em dependências. Eu não consigo, e prova disso, é amar a solidão mesmo quando ela não me ama a mim.
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Sonhei com ela ontem à noite, e beijei-a, mas sei que estava a tirá-la do seu lugar. Tremi entre o calor dos cobertores, e tremo na presença dela, mas era incapaz de me roubar ao meu rumo e à minha essência, era incapaz de fazer-lhe o mesmo, somos chamas contrárias, e sou incapaz por vontade e inerência.
A minha amiga disse-me, alguns nasceram para amar, porque amam os outros apenas por eles serem como são, outros nasceram para serem amados, porque apenas amam quando têm retorno. Conheço muitas pessoas assim, e fico triste porque duvido da genuinidade dessa forma de amor, dessa forma de sobrevivência que se assenta em dependências. Eu não consigo, e prova disso, é amar a solidão mesmo quando ela não me ama a mim.
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Sonhei com ela ontem à noite, e beijei-a, mas sei que estava a tirá-la do seu lugar. Tremi entre o calor dos cobertores, e tremo na presença dela, mas era incapaz de me roubar ao meu rumo e à minha essência, era incapaz de fazer-lhe o mesmo, somos chamas contrárias, e sou incapaz por vontade e inerência.
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