domingo, 21 de março de 2010
Areias
falava durante e num café de tudo o que temos pela frente, que pode ser tão escasso como areia. Esse tempo que nos escorre das mãos e as deixa vazias, olhamos novamente para a frente e o mar tráz novas ondas e marés, e nós? Nós ficamos parados a contemplá-lo. falamos do que achamos que vamos fazer com esta areia, dos areais que vamos percorrer e das pedras, dos búzios, do lixo com que as nossas mãos ficarão, quando toda a areia, quando todo o tempo se esquivar. Vi mesmo à minha frente as minhas aspirações indefinidas mas existentes, vi as pessoas, vi as novas caras, e ao ver tudo, não vi nada, e não sei mesmo o que esperar. O desespero e o gozo surpreendem-me.... mas deixo-me tomar um café e falar, deixo-me não tentar advinhar. Assim vamos percorrendo o tempo, os locais, as pessoas e as sensações, assim não desejamos apenas, ao menos enquanto a areia escorrega sem esperar, vamos percorrendo e sentindo como se transforma a nossa pele no contacto incessante com ela.
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